quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Série Esportes Radicais – KITESURF



Começamos a nossa série sobre esportes radicais por uma modalidade relativamente nova. O Kitesurf surgiu nos anos 80, é um esporte ideal para quem ama interagir com a natureza sem agredi-la. É você deslizando sobre a superfície da água sendo puxado pelo vento. Kite significa pipa em inglês, logo, kitesurf é surfar com pipa. Pode-se dizer que é uma mistura de windsurf com esqui, wakeboard, surf e vôo livre. Pode ser praticado no mar, em lagos, represas, com ventos fortes ou fracos, já que a aerodinâmica da pipa facilita o vôo nas diversas condições de vento.

Apresenta três tipos de manobras. As de transição são as mudanças de direção feitas pelo atleta. As manobras de salto são feitas no ar e visivelmente são as mais bonitas. É nesse tipo de manobra que o kiteboarder literalmente pode voar. E por último também existem as manobras feitas na onda. Geralmente essas manobras são adaptadas do surf. O grau de dificuldade é alto, já que em caso de queda é perigoso o atleta se enrolar nas linhas da pipa.

Qualquer pessoa pode praticar. Para isso é fundamental estar acompanhado de um instrutor ou de uma pessoa que já tenha praticado o kitesurf. O iniciante começa apenas com a pipa, para aprender as manobras de controle. Mesmo sem a prancha é muito divertido, é como empinar uma enorme pipa, que conforme se movimenta tem força para arrastar uma pessoa pela água.
Atenção: as linhas do kite podem ser muito perigosas e enrolar na hora do tombo. É imprescindível buscar um instrutor e, após certa experiência, é aconselhável praticar o esporte na presença de outras pessoas, caso precise de ajuda.

A qualidade do equipamento é importante para a segurança do atleta. É um esporte que envolve algum investimento, em torno de R$ 6.000 (pipa R$ 4.000, prancha R $1.000, trapézio, colete, malha R$ 1.000) – valores aproximados.

No Brasil, os locais que se destacam pelas boas condições que proporcionam para o esporte são o Nordeste e o litoral paulista, com destaque para o Ceará e para Ilhabela. Aqui em Santa Catarina uma praia muito procurada é Ibiraquera, ao sul de Florianópolis, pelas condições de vento e por ter um lago. Lá existe há 8 anos a escola Kite & Surf (http://ibirakiteesurf.blogspot.com/). Quem ficou curioso e está por perto, fica uma referência segura para conhecer melhor o esporte.

Surfista desde a adolescência e adepto do kitesurf desde 2005, o cirurgião Mauro Igreja, de Blumenau/SC, é fissurado pelo esporte. Sempre que tem uma folga do trabalho segue em direção ao litoral catarinense para deslizar ao sabor dos ventos. Uma das experiências mais radicais de sua vida foi quando, numa visita pela Espanha, foi até a praia de Tarifa (um dos melhores pontos de kite do mundo), alugou o equipamento e, apesar da água gelada, curtiu momentos de pura liberdade em meio a um mar de pipas coloridas no céu. Na foto abaixo ele se prepara para a aventura, ao fundo perceba a quantida de kites.


E assim encerramos o primeiro post Beagleclub “Série Esportes Radicais”. Daqui a 15 dias tem mais. Afinal, está chegando o verão e seu único compromisso na estação mais quente é aproveitar. Siga sua trilha.

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