quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ALMA SURF



O ser humano, uma prancha e o mar. Surfar é desafiar limites, enfrentar medos, respeitar as incertezas e tomar decisões. As ondas, como a vida, não param para que a gente possa decidir entrar ou sair, esperar ou pegar. O momento certo é o presente, imprevisível, como a vida. De onda em onda, de caldo em caldo, aprendemos sempre que haverá outra chance para acertar.

Muito além de ser um excelente exercício físico e uma maneira de desligar a mente da rotina do cotidiano, surfar é uma maneira de amar e respeitar a natureza: de entender as fases da Lua, o ciclo das marés, a direção das correntes e dos ventos e, principalmente, de ler as ondas. Cada onda é diferente, e pode ser percorrida de várias maneiras. Surfar é gozar a vida, porque pegar uma onda é uma proposta aberta. Não há uma meta, um objetivo, a não ser curtir o momento. É o prazer pelo prazer.


História curiosa

Os primeiros relatos do surfe vêm do Havaí, em 1780, quando o capitão britânico James Cook viu os nativos deslizando pelas ondas em pranchas de madeira. Lá, o surf era uma atividade social, que reforçava a estrutura hierárquica. Reis e nobres em geral possuíam as pranchas maiores e melhores e tinham preferência na onda. E muitas relações de poder eram decididas sobre a prancha, em competições de he’e nalu, como era chamado o esporte. Em havaiano, he’e quer dizer “derreter, correr feito líquido”. Nalu refere-se ao movimento da onda quebrando. He’e nalu, portanto, significa mais ou menos “deslizar como uma onda”. Em inglês, surf vem da palavra surface, que significa superfície. Mas essa mania de deslizar sobre as ondas só decolou internacionalmente em 1950, quando explodiu na Califórnia ao ritmo da beach music. E chegou ao Brasil dez anos depois.

No litoral brasileiro há espaço de sobra para pegar uma onda. É só chegar. ALOHA!

Fonte: Revista Vida Simples

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